INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS
INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS
Os
livros proféticos apresentam um tipo especial de literatura bíblica escrita
para objetivos específicos na história de Israel. A ênfase não é tanto
histórica e sim exortativa. O tom é também mais intenso, trazendo conselho e
admoestação em épocas de grande crise e angústia nacional. Para uma compreensão
mais adequada desses livros é necessário estar cientes das suas funções e
ministérios.
Funções dos profetas
Os
profetas de Israel foram chamados individualmente e ungidos por Deus para o
serviço de “emergência”, em contraste com o serviço regular dos sacerdotes,
anciãos e reis. Além de serem denominados “profetas” (hebraico nabi), também recebiam o nome de “videntes”
(roeh ou chozeh), “sentinelas” (tsaphah) ou “pastores” raah). Esses termos indicam suas funções
ao serem chamados por Deus para interpretar e anunciar a palavra específica do
Senhor para o seu povo.
As
funções gerais dos profetas podem ser observadas nas três seguintes
classificações:
A. Porta-voz especial de Deus. O
termo “profeta” significa “falar por” ou representar. Sua tarefa mais
importante era agir como embaixadores ou mensageiros divinos, anunciando a
vontade de Deus para seu povo, especialmente em épocas de crise. Eram, acima de
tudo, pregadores da justiça em época de decadência moral e espiritual, quase
sempre numa posição isolada.
B. Vidente. A
credencial de um profeta verdadeiro era a habilidade infalível de penetrar no
futuro e revela-lo (Deut. 18. 21-22). Essa habilidade autenticava sua mensagem
como sendo divina, porquanto somente Deus conhece o futuro. Por intermédio
dessa função profética Deus chamou a atenção para o seu programa futuro com
relação a Israel e às nações, elaborando depois o que já tinha esboçado nas
alianças com os antepassados.
C. Professor da Lei e da justiça.
Apesar de os sacerdotes e levitas serem normalmente os professores de Israel,
os profetas também receberam essa função quando o sacerdócio degenerou (Lev.
10.11, Deut. 33.10, Ez. 22.26). Quando ensinavam, o contexto era geralmente de
julgamento (Is.6. 8-10, 28.9-10).
Várias classes de Profetas
Os
profetas de Israel remontam aos antepassados Abraão, Moisés e Samuel, que foram
denominados “profetas” (Gên. 20.7; Deut. 18.15; 1 Sm. 3.20). Por intermédio
deles, Deus falou ao povo e estabeleceu suas alianças com a nação. Moisés foi
uma espécie de protótipo dos profetas, prenunciando o último grande profeta, o
Messias, que se levantaria para falar palavras poderosas. Embora os cargos de
sacerdote e rei fossem restritos a homens e determinadas tribos, algumas
profetisas foram chamadas na história de Israel: Miriã, Débora e Hulda. (Êx.
15.20; Jz. 4.4; 2 Rs. 22.14).
Considera-se ter sido Samuel aquele
que principiou a ordem profética, o primeiro duma sequência, durante a
monarquia de Israel. Essa sequência não era contínua. Prosseguia, porém,
esporadicamente quando o Senhor fazia a designação para esse cargo. Vale
lembrar que temos os profetas da palavra, ou seja, aqueles que anunciaram,
porém nada escreveram e os profetas da escrita, ou seja aqueles que escreveram
suas profecias.
Profetas
da palavra;
Gade/ Natã/ Ido/ Aías/ Semaías/Azarias/
Hanani/ Jeú, filho de Hanani/ Jaaziel/ Elias/ Eliseu/ Micaías/ Zacarias, filho
de Joiada/Obede.
Profetas da escrita
Isaias/Jeremias/Ezequiel/ Daniel/ e os
doze menores.
Prof. Marcos Moraes de Paula
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