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A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. Issac Newton. No princípio criou Deus os céus e a terra. Gn. 1.1
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AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 5


 5. A IMPORTÂNCIA DO AVIVAMENTO ESPIRITUAL

            O Pentecoste aconteceu no momento em congregação de 120 pessoas que estava unida, coesa, unânime, perseverando na busca do mesmo objetivo (At 1.14; 2.1), obedecendo a ordem do Senhor Jesus “Ficai em Jerusalém”. Contudo, todos eles estavam em unidade de propósitos. Infelizmente, atualmente encontramos muito ajuntamento, porém, pouca comunhão; há orações, mas pouca concordância; pouco quebrantamento; muito movimento, mas pouca adoração; muita agitação, mas pouco louvor; muita eloquência, mas pouca unção; muitos buscam o derramamento do Espírito, enquanto outros ficam assistindo pra ver o que vai acontecer.

5.1 Na experiência pessoal

            Em tópicos anteriores, tratamos sobre o avivamento individual como o início para um despertar pessoal que tem como resultado o avivamento coletivo, agora vamos falar acerca da importância do Avivamento como uma experiência pessoal. A partir da experiência do Pentecostes, podemos aprender algumas verdades importantes para nossa realidade ainda hoje. Lopes, (1999) p. 28 destaca sobre a experiência pessoal com o Espírito Santo: “Aqueles discípulos já eram regenerados e salvos. Por três vezes, Jesus deixou isso muito claro (Jo 13.10; 15.3; 17.12). Portanto, eles já possuíam o Espírito Santo, pois, "se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm 8.9). Jesus disse a Nicodemos que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). Além disso, Jesus já havia soprado sobre os onze, dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22).

Mas, a despeito de já serem salvos, terem o selo do Espírito e receberem o sopro do Espírito, eles ainda não estavam cheios (revestidos) do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente; outra é tê-lo presidente, ou seja, presidindo nossa vida. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito; outra é ser cheio do Espírito. Você, que tem o Espírito Santo, já está cheio dele? Sua vida é controlada por ele? O fruto do Espírito pode ser visto na sua vida? A unção do Espírito está sobre a sua cabeça? O poder do Espírito está sobre você? Quando você abre os lábios, a Palavra de Deus é verdade na sua boca?

A história do missionário John Hyde nos ilustra bem quanto ao ser cheio do Espírito. Quando o missionário John Hyde estava indo para a índia, recebeu um telegrama a bordo do navio. Abriu-o sofregamente. Havia uma pergunta lacônica e perturbadora: "John Hyde, você está cheio do Espírito Santo?". Ele ficou irritado com a petulância e audácia da pergunta. Amarrotou o telegrama, enfiou-o no bolso e tentou escapar da intrigante pergunta. Procurou justificar para si mesmo que a pergunta não tinha razão de ser visto que ele estava indo para um campo missionário, abrindo mão de tantas regalias, a fim de embrenhar-se em terras longínquas e obscuras. Todavia, ao entrar em seu aposento, o dedo de Deus o tocou e a pergunta começou a arder em seu coração: "John Hyde, você está cheio do Espírito Santo?". Foi então que ele caiu de joelhos, em lágrimas, e clamou a Deus por um derramamento do Espírito em sua vida. Ele foi profundamente influenciado por esta oração. Experimentou algo especial da parte de Deus. Ao chegar à índia, em apenas três anos viu mais de mil pessoas rendendo-se a Cristo através do seu ministério. A experiência do enchimento do Espírito Santo é pessoal (At 2.3,4). O Espírito Santo desce sobre cada um individualmente. Cada um vive a sua própria experiência. Ninguém precisa pedir, como as virgens néscias, azeite emprestado. Todos poderão ser cheios do Espírito basta querer e buscar de todo coração.

5. 2 Para uma vida de Santidade

            Pedro e João disseram ao paralítico em Jerusalém: "Olha para nós..." (At 3.4). Esta é uma afirmação ousada, audaciosa. Só quem anda com Jesus, quem é revestido com o poder do Espírito, pode ter tamanha intrepidez. Hoje assistimos a um hiato, um abismo, um divórcio entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Vemos gente santarrona falando belas palavras para a igreja e vivendo em práticas pecaminosas abomináveis no secreto. Vemos líderes que cobram de seus uma vida santa e vivem sua intimidade regaladamente no pecado. Vemos líderes que tratam a igreja com rigor e dureza, mas cultivam a devassidão moral na vida privada. Vemos obreiros zelosos, atentos aos mínimos detalhes da lei, mas condescendentes com o pecado na vida particular.

A igreja precisa pregar não apenas aos ouvidos, mas também aos olhos. Precisa não apenas proferir belos discursos, mas também viver em santidade. Não basta que as pessoas ouçam de nós belos sermões, elas precisam ver vida santa. O diácono Filipe, ao chegar à cidade de Samaria, viu ali um grande avivamento, e as multidões atendiam, unânimes, às coisas que ele dizia. Mas por quê? Qual era a razão da eficácia do ministério de Filipe? É que Filipe falava e fazia. Ele pregava e demonstrava. Ele pregava aos ouvidos e também aos olhos (At 8.6)

5.3 Para ser um perdoador

            Havia uma rivalidade histórica entre judeus e samaritanos. Inimigos irreconciliáveis, eles não se toleravam. Os judeus consideravam os samaritanos combustível para o fogo do inferno. Se uma jovem judia se casasse com um jovem samaritano, a família oficiava simbolicamente o seu funeral. Um judeu não podia comer pão na casa de um samaritano, pois o pão do samaritano era considerado imundo. A hostilidade entre eles era profunda. Pelo fato de Jesus não ter sido bem recebido em Samaria, Tiago e João, os filhos do trovão, quiseram que fogo do céu caísse sobre a cidade para destruir os seus desafetos. A mulher samaritana fez questão de relembrar a Jesus que um judeu não deve pedir um favor a um samaritano, muito menos um samaritano ajudar a um judeu. Quando Neemias, após os 70 anos de cativeiro babilônico, retornou a Jerusalém para reconstruir os muros da cidade, os samaritanos tentaram de diversas formas impedir a sua reconstrução. Era o ódio que aflorava. Eram os ranços de um passado mal resolvido. As feridas abertas ainda não haviam sido curadas. Os ressentimentos históricos fervilhavam como as lavas de um vulcão em erupção.

            Jesus já havia quebrado a barreira da inimizade passando por Samaria na itinerância do seu ministério. Ele rompeu com todos os preconceitos que separavam esses dois povos pelo muro da inimizade. Agora, ao fazer a promessa do derramamento do Espírito, diz que a igreja receberia poder para testemunhar também em Samaria. Talvez fosse o último lugar a que um judeu gostaria de ir. Talvez fosse a última escolha para uma empreitada missionária. Mas, onde chega o Pentecoste, as barreiras do ódio são desfeitas. Onde o Evangelho prevalece, acabam-se as guerras frias, curam-se as feridas, restauram-se as relações quebradas e estabelece-se a comunhão. Quem não ama a seu irmão não pode amar a Deus. Por isso, quem não perdoa não pode ser perdoado. Mas onde prevalece o amor, reina o perdão. O amor é um remédio infalível para curar as feridas da mágoa. O amor cobre multidão de pecados. Precisamos, portanto, de poder para amar. Precisamos do Pentecoste para perdoar!

5. 4 Para falar de Cristo com intrepidez

            No livro de Atos, sempre que os apóstolos e demais crentes eram cheios do Espírito, pregavam o Evangelho com intrepidez. Eles buscavam poder não para impressionar as pessoas com milagres, mas, para pregar a Palavra com unção. Em Atos 1.8, eles receberiam poder para testemunhar. Em Atos 2.4,11, ao serem cheios, começaram a falar e falar das grandezas de Deus. Em Atos 2.14, ao ser cheio do Espírito, Pedro levantou-se para pregar, e seu poderoso sermão cristocêntrico produziu tamanho impacto na multidão que o ouvia, que quase 3 mil pessoas se converteram (At 2.41). Em Atos 4.8, Pedro novamente é cheio do Espírito e abre a boca para falar de Jesus às autoridades religiosas de Jerusalém.

            Sem poder não há pregação. Esse é o testemunho do apóstolo Paulo à igreja de Tessalônica: "Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção..." (I Ts 1.5). De igual forma, o apóstolo fala à igreja de Corinto: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus" (I Co 2.4-5).

            Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, passou 40 dias com os discípulos falando sobre o Reino de Deus, e o Reino de Deus não consiste em palavra, mas em poder (I Co 4.20). Foi esse sentimento que levou Billy Graham, o maior evangelista deste século, a dizer: "Se Deus tirar a sua mão da minha vida, estes lábios se tornarão lábios de barro" Hoje gastamos mais tempo preocupados em preparar a mensagem, fazer pesquisas, ler comentários e buscar a exegese para os termos a partir das línguas originais. Tudo isso é muito importante. Mas não pode parar aí. Deus não unge estruturas literárias. Deus não unge simplesmente a mensagem, mas sobretudo o pregador.

Obs. Este tópico foi escrito fazendo uma adaptação do livro Pentecoste “o fogo que não se apaga, da editora Candeia 1999, escrito por Hernandes Dias Lopes.

Segue na próxima postagem.

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