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AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 3


 3. AS MARCAS DE UM VERDADEIRO AVIVAMENTO

 

3.1 Avivamento e os dons espirituais

            Quando pensamos em dons espirituais, uma das primeiras perguntas é; para que servem os dons espirituais na igreja?  Os dons espirituais têm diversos propósitos. Deus os concede para fortalecer Sua igreja a fim de cumprir Seu ministério de levar o Evangelho a toda criatura, podemos também perceber que os dons serviram de imediato para trazer encorajamento na vida dos crentes, percebemos isto já claramente no dia de pentecostes pela intrepidez de Pedro, bem como nos fatos seguintes (cf. At. 2. 14 – 36; 3. 1 – 26; 4. 1 -31).  Ali aquelas pessoas que estavam em Jerusalém por conta das festas judaicas foram cheias do Espírito Santo para expandir a igreja de forma que a partir daquele dia, a igreja iniciou Sua missão no mundo e até hoje aproximadamente dois mil anos depois a igreja ainda é convocada a continuar a incendiar o mundo com a pregação do Evangelho, mas para isso precisamos continuar cheios (plenos) do Espírito Santo.

            Em Jo. 16. 14, quando Jesus promete aos seus discípulos que Ele enviaria o Seu Espírito para habitar neles, disse-lhe: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”, ou seja, em outras palavras, o Espírito Santo revelaria Cristo ao mundo. Uma das maneiras dEle fazer isto é mostrar ao mundo o que Deus pode fazer, e isto é feito pelos dons do Espírito. Neste ponto, é bom lembrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm os atributos da onisciência, da onipotência, e da onipresença. Todos estes atributos são revelados nas manifestações do Espírito alistadas em 1 Coríntios 12. 8 – 10. As manifestações sobrenaturais do Espírito Santo testificam que Deus vive e que zela pelas necessidades das pessoas. Os dons do Espírito foram dados à igreja para edificar a igreja e glorificar a Cristo. Não vamos discorrer sobre cada um dos dons espirituais apenas no mandamento de ser cheio do Espírito, porém antes queremos de forma sintética falar sobre a diferença entre batismo e plenitude do Espírito.

            É importante salientar neste momento, a diferença entre batismo e plenitude do Espírito Santo, até porque muitos não conseguem discernir. O batismo acontece na vida do crente apenas uma vez, porém a plenitude deve ser permanente, Stott, (2004), p. 35 declara: “O batismo é uma experiência inicial única; a plenitude Deus queria que fosse contínua, o resultado permanente, a norma. Como acontecimento inicial, o batismo não pode ser repetido nem pode ser perdido, mas o ato de ser enchido pode ser repetido e, no mínimo, precisa ser conservado. Quando a plenitude não é conservada, ela se perde. Se foi perdida, pode ser recuperada. O Espírito Santo pode ser entristecido, pelo pecado (cf. Ef. 4.30) e deixa de dominar o pecador. Neste caso o único meio de recuperar a plenitude é o arrependimento”.

            Diversos textos do Novo Testamento, falam de pessoas que são enchidas ou cheias do Espírito Santo, isto nos aponta pelo menos para três grupos de pessoas. Primeiro, fica implícito que ser cheio ou enchido era uma característica normal em cada cristão dedicado. Vemos isto na escolha dos sete diáconos (cf. At. 63,5), outro exemplo é Barnabé que é descrito como homem cheio do Espírito (cf. 11.24). Segundo, às vezes pode indicar uma capacitação para um ministério ou cargo especial. Assim, João Batista seria cheio do Espírito Santo, já do ventre materno, aparentemente como preparo para o seu ministério profético (Lc. 1. 15-17). Terceiro, há ocasiões em que a plenitude do Espírito foi concedida para equipar não tanto para um cargo vitalício (como apóstolo ou profeta, por exemplo), mas para uma tarefa imediata, especialmente numa emergência. Zacarias foi cheiro antes de profetizar mesmo sendo o seu ofício de sacerdote e não de profeta.

            Todas as sete referências ao batismo com o Espírito Santo no Novo Testamento estão no indicativo, e no aoristo, no presente ou no futuro, nenhuma delas é uma exortação, no imperativo. Porém, o fato de que há estas referências à plenitude do Espírito, descrevendo como alguns cristãos foram novamente preenchidos e ordenando a todos os crentes que se deixem encher sempre de novo, mostra que infelizmente é possível que cristãos, que já foram batizados com o Espírito, deixem de ser cheios do Espírito.

            Os cristãos de Corinto constituem uma advertência solene para nós neste assunto. Em sua primeira carta Paulo lhes escreve, transparece que todos eles tenham sido batizados com o Espírito Santo (12.13). Também tinham sido enriquecidos com todos os dons espirituais (1. 4 -7). Mesmo assim o apóstolo os chama de pessoas não espirituais, ou seja, não cheias do Espírito. Ele deixa claro que a evidência da plenitude do Espírito não é a prática dos seus dons (eles tinham muitos), mas a produção de seu fruto, isso lhes faltava. Ele escreve que não podia chama-los de pneumatikoi, cristão “espirituais”, mas somente de sarkinoi ou sarkikoi, cristãos “carnais” quem sabe bebês em Cristo. Sua carnalidade ou imaturidade era tanto intelectual como moral. Ela revelava-se em sua compreensão infantil, por um lado, e em sua inveja e competição, por outro (1 Co. 3. 1 – 4). Eles tinham sido batizados com o Espírito Santo, ricamente DOTADOS PELO Espírito, mas não estavam cheios com o Espírito Santo.  

           O que quero chamar sua atenção, é que não basta ser batizado com o Espírito Santo é preciso manter a plenitude do Espírito (ser cheio), pois, somente assim seremos verdadeiramente avivados o suficiente para produzir frutos de santificação, bem como frutos da missão. Ser apenas batizado com o Espírito não dá conta, uma vez que podemos ser batizados, porém não produzir nenhum tipo de fruto. Portanto, diante das descrições de pessoas cheias do Espírito, seja como experiência constante, seja com um propósito específico, a ordem em Efésios 5.18 é "enchei-vos do Espírito", ou seja todos os cristãos são chamados, ou melhor, a estarem sempre sendo enchidos (é um imperativo presente contínuo, na voz passiva)com o Espírito Santo.

3.2 Avivamento e o mandamento para sermos cheios do Espírito Santo

 

            “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” Ef. 5. 18 NVI.

           

            Chegamos ao ponto central da nossa discussão, vamos compreender este mandamento “Enchei-vos”, vamos observar quatro aspectos desse verbo. Primeiramente, ele está no modo imperativo. Enchei-vos não é uma sugestão que pode ser ou não ser experimentada, uma recomendação branda, uma advertência educada. É uma ordem que Cristo nos dá, com toda sua autoridade. Não temos nem um pouco mais de liberdade para escapar desta obrigação do que temos das obrigações éticas que formam o contexto, isto é falar a verdade, trabalhar honestamente, ser gentil e perdoar uns aos outros, ou viver em amor. A plenitude do Espírito não é opcional, mas obrigatória para todo cristão.  

            Em segundo lugar, ele está no plural. O mesmo ocorre com o verbo anterior, “não vos embriagueis com vinho”. Os dois imperativos de Efésios 5.18, tanto a proibição quanto a ordem, são escritos para toda a comunidade cristã. Eles têm aplicação universal. Nenhum de nós deve embriagar-se; todos devemos ser cheios do Espírito. Enfaticamente, a plenitude do Espírito Santo não é um privilégio reservado para alguns, mas uma obrigação de todos.

            Em terceiro lugar, o verbo está na voz passiva: “Sede enchidos”. Uma outra tradução seria: “Deixai-vos encher pelo Espírito”. Uma condição importante para gozar da sua plenitude é entregar-se a ele sem reservas. Mesmo assim, não devemos pensar que somos apenas agentes passivos ao recebermos a plenitude do Espírito, assim como quando alguém fica bêbado. Torna-se bêbado bebendo; ficamos cheios do Espírito também bebendo, como o Senhor Jesus disse em Jo.7. 37.

            Em quarto lugar, o verbo está no tempo presente. É bem sabido que, na língua grega, se o imperativo está no aoristo, ele se refere a uma ação única; se está no presente, a uma ação contínua. Assim, quando no casamento em Caná, Jesus disse: “Enchei d’água as talhas (cf. Jo.2.7), o imperativo aoristo mostra que ele queria que fizessem somente uma vez. O imperativo presente “sede enchidos com o Espírito”, por sua vez não indica alguma experiência dramática ou determinante, que resolve o problema para o bem, porém uma apropriação contínua.    

            Ainda no livro de Efésios, temos uma passagem que nos ensina algumas verdades importantes. É interessante que até mesmo nas orações Deus usava o apóstolo Paulo para nos trazer importantes verdades:

Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito (ou talvez Espírito”) de sabedoria e de revelação do pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos...” Ef. 1.17-19 ARA.

            Esta passagem desenvolve os estágios do crescimento espiritual. Os que “creem” experimentam a plenitude do poder de Deus. Porém, primeiro precisamos “conhecer” sua grandeza, e para isso, carecemos que o Espírito Santo ilumine os olhos do nosso coração. Portanto, a sequência é esta: iluminação, conhecimento, fé, experiência. Conhecemos com a iluminação, e pela fé passamos a gozar o que conhecemos. Nossa experiência de fé, portanto, está amplamente condicionada pelo nosso conhecimento de coração. Além disto, sabemos, maior se torna nossa capacidade espiritual, bem como nossa responsabilidade de exigir pela fé a nossa herança. Por isso, quando alguém acaba de nascer do Espírito, sua compreensão do plano de Deus para si geralmente é muito limitada, e sua experiência é proporcionalmente limitada. Todavia, à medida que o Espírito Santo ilumina os olhos do seu coração, diante dele abrem-se novos horizontes com os quais antes ele dificilmente sonhara.

A tragédia é que, muitas vezes, nossa fé não acompanha o ritmo do nosso conhecimento. Precisamos estar sempre nos arrependendo da nossa descrença e clamar a Deus para que ele aumente a nossa fé, de maneira que, à medida que nosso conhecimento cresce, nossa fé possa crescer com ele e possamos estar sempre tomando posse de maiores partes da grandeza do propósito e do poder de Deus. 

3. 3 Avivamento e a Oração

            Falar sobre a oração parece até um paradoxo, digo isto porque uma das primeiras lições que aprendemos quando aceitamos a Cristo e passamos pela classe dos novos convertidos, nos batizamos, é a importância da oração, a oração é algo que todo cristão está habituado a ouvir e dizer: a oração é a chave que abre a porta do céu, Deus se inclina para a ouvir a nossa oração, a oração move as mãos de Deus, tudo pode ser mudado pela oração, enfim, são tantas premissas ditas sobre a oração, e quando lemos a biografia dos grandes avivalistas do século XIX, homens que oravam horas a fio e depois Deus os usava poderosamente, chegamos até a nos animar dizendo: vou orar mais, contudo o que temos visto atualmente é que estamos cada vez mais orando menos.  

            Por que será que isto acontece? A resposta é muito simples, até o diabo sabe e reconhece o poder da oração, sabe que a oração é momento de intimidade com Deus, é o momento onde o cristão é fortalecido pela presença de Deus por isso ele luta desesperadamente para desaminar aos crentes da prática da oração. Estamos muito ocupados com muitas tarefas como Marta (cf. Lc. 10.38 -42) e já não sobra tempo para a melhor parte. Oração é guerra, oração é luta, oração é desarmar o reino das trevas, porém mesmo assim estamos orando muito pouco. Andrade, (2004) p. 77 inicia sua introdução no assunto do tema Avivamento e a oração da seguinte forma: “Quem não se lembra das cenas iniciais d” O Peregrino de John Bunyan? De repente, aparece aquele viajador com seu livro, e à medida que progride na jornada, vai orando e chorando. Foi exatamente assim; orando intensamente e copiosamente chorando, que aquele personagem, que representa cada um de nós em suas ânsias e dores, experimentou um grande avivamento.

            Como está a Igreja de Cristo? Está orando e chorando como o Peregrino? Ou já tem uma alternativa para a oração? É só ler a História da Igreja Cristã, a fim de se inteirar de uma verdade que, apesar de estar tão patente aos nossos olhos, vem sendo relegada ao esquecimento: a oração é uma das mais fortes características dos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo.

            Mas o que é a oração? Segundo Andrade, (2004) p, 78 diz: a palavra oração provém do vocábulo latino orationem, e significa, numa primeira instância, súplica, prece. É um pedido que, através da fé, a criatura endereçada ao Criador. Segundo este mesmo autor existem vários tipos de oração. Oração fervorosa, é a oração que encerra um pedido mais que urgente. Oração particular, é o momento no qual o filho de Deus, fechando-se em seus aposentos, passa a dialogar docemente com o Pai Celeste. Oração em família, é a oração feita no âmbito doméstico; é o cerne da devoção familiar e por fim, a oração congregacional, dirigida ao Todo Poderoso por toda a igreja, tem esta oração, por objetivo, pedir a ajuda divina aos diversos projetos eclesiásticos, visando a expansão do Reino de Deus.

            Não temos espaço para descrever aqui os diversos testemunhos que a história nos conta acerca do poder de Deus sendo derramado em pessoas que se encontravam em oração, vamos destacar só uma ocorrida na Índia.  Em janeiro de 1905, Pandita Ramabai falou com as jovens de Mukti a respeito da necessidade de um avivamento e pediu voluntárias para se reunirem com ela diariamente para orar nesse sentido. Setenta pessoas responderam e periodicamente outras mais se ajuntaram, até formar um grupo de 550 pessoas que se reuniam duas vezes por dia no início do avivamento.

No dia 29 de junho, às 3h00 da madrugada, o Espírito foi derramado sobre uma das voluntárias. A jovem que dormia ao seu lado acordou-se quando isto aconteceu e vendo o fogo que envolvia completamente o seu corpo, correu para o outro lado do dormitório, buscou um balde cheio de água, e estava quase arremetendo o conteúdo sobre sua companheira quando percebeu que ela realmente não estava incendiada pôr fogo natural.

Dentro de uma hora, quase todas as jovens estavam reunidas, chorando, orando e confessando seus pecados a Deus. A jovem recém- batizada pelo Espírito estava sentada no meio delas, relatando o que Deus fizera por ela e exortando as outras ao arrependimento.

Após um forte arrependimento, confissão de pecados e certeza de salvação, muitas voltavam depois de um ou dois dias dizendo: “Somos salvas, e nossos pecados foram perdoados. Agora queremos o batismo de fogo”.

Num domingo, o texto usado foi: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). Claramente, o Espírito Santo ensinou as jovens através desta passagem, e de Atos 2.1 – 4, e através da própria experiência da primeira mulher que foi batizada, a esperarem uma experiência literal de fogo, e Deus as respondia na sua expectativa.

Muitas das jovens foram revestidas por um fogo estranho, belo e sobrenatural. Elas gritavam quando o ardor lhes penetrava e revestia. Algumas caíam prostradas ao verem uma grande luz passar diante delas, enquanto o fogo de Deus consumia os membros do corpo do pecado: o orgulho, a ira, o amor ao mundo, o egoísmo e a impureza.

Finalmente uma segurança e um gozo completo tomavam o lugar do arrependimento. Algumas que estiveram estremecendo violentamente sob o poder da convicção de pecados, agora cantavam, louvavam e dançavam de alegria, às vezes saltando por horas a fio sem sentir cansaço[1].   

Podemos observar que histórias como esta são muitas, e nos empolgam, entretanto, depois do culto, da leitura desta apostila e o sentir essa chama querendo também alcançar um avivamento espiritual, parece que depois ao chegarmos em casa tudo volta ao normal e a chama se apaga. A necessidade de um clamor por um avivamento é urgente, cada vez mais vemos crentes apáticos, desmotivados, desinteressados, cada vez mais fazendo o oposto do conselho de Paulo a Timóteo, “ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Tm. 2.4) ARC. Parece que isto são conselhos arcaicos sem muita valia, o que está acontecendo? É a falta de oração, às vezes só oramos para pedir a Deus que resolva nossos problemas relacionados as vicissitudes da nossa vida. Como disse Andrade: “Diante de um quadro tão crítico, resta-nos apenas uma esperança: um avivamento bíblico e centrado no Cristo de Deus”. Ele ainda destaca: “o avivamento só é deflagrado quando a igreja de Cristo se põe a clamar. E, assim orando e chorando, vão os santos clamando por um avivamento, e, em prantos copiosos, logo hão de experimentar uma singular visitação dos céus”.



[1] https://revistaimpacto.com.br/avivamentos-que-marcaram-a-historia/. Acesso em 10/03/2023.


3. 4 Avivamento e a Missão

         Tratar o tema missão creio ser a mais importante tarefa atualmente da igreja contemporânea, por que? Porque, hoje segundo as estatísticas somos 8 bilhões de seres humanos na face da terra. Em 2017 BNCC, divulgou uma pesquisa realizada EUA do instituto de pesquisa americano Pew Research Center, segundo esta pesquisa, naquele período havia 7 bilhões de seres humanos na terra e que 2,18 bilhões eram de pessoas que professavam a fé cristã. Nestes 2,18 bilhões de cristãos, estão os católicos, protestantes, ortodoxos, vejamos como estava a pesquisa naquele ano: as principais tradições cristãs são a católica, com 51,4% dos fiéis; os evangélicos, 36% (sendo que a maioria segue a linha pentecostal); e os ortodoxos, que somam 12,6%[1]. Isto sem contar tradições cristãs que são minoria.

         Provavelmente, esta pesquisa esteja defasada, contudo, o que eu quero chamar a sua atenção é para a urgência da obra missionária. Renovato (2023) p. 246 diz: a Igreja era conhecida nos seus primórdios pelo seu dinamismo, evangelização e discipulado no cuidado com os necessitados. Tudo isso foi resultado do grande avivamento produzido pelo movimento de pentecostes a partir do cenáculo, quando aqueles 120 irmãos receberam o batismo no Espírito Santo. O impacto do avivamento espiritual foi tão grande que causou inveja aos inimigos do evangelho. Logo depois do Pentecostes, quando Pedro levantou-se cheio do Espírito Santo e explicou o significado daquele movimento espiritual, quase 3 mil almas aceitaram a Cristo como o seu Salvador (At 2.41). Com sinais, prodígios e maravilhas, os apóstolos pregavam com grande poder, como prova da aprovação de Deus ao seu ministério. A obra da evangelização da Igreja depois do Pentecostes começou de maneira dinâmica e eficaz: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20). Foi a proclamação da mensagem de Cristo, com demonstrações de sinais e prodígios feitos por Deus.

            Estamos desesperadamente necessitados de um avivamento, e isto fica claro quando pensamos que a igreja que foi levantada por Jesus, teve um início maravilhoso com o derramamento do Espírito Santo, hoje temos que lutar para conscientiza – lá de sua reponsabilidade de evangelizar e pregar o evangelho aos perdidos. As vezes parece que a igreja está indiferente diante da ordem divina de fazer discípulos de todas as nações. Andrew Murray diz em seu livro a Chave para o problema missionário, o autor declara: que o problema central porque os cristãos não se envolvem com a causa missionária é a falta de avivamento. Segundo este autor, a falta de comprometimento com Deus, o resultado é falta de comprometimento com missões. Não temos tido paixão pelas almas é porque não temos tido real paixão por Jesus.  

            Se um cristão não estiver avivado com toda certeza não terá amor pelas almas, se a própria igreja não estiver avivada não se preocupara em enviar missionário e nem mesmo em sair nas ruas da sua cidade, ou estado ou pais para poder pregar a Palavra de Deus. Por isso, é indispensável, urgente e imperioso que os crentes em Jesus, que ainda amam a Deus, a Cristo e à sua Palavra, busquem o avivamento espiritual diuturnamente, como clamou Habacuque “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia (Hc. 3.2).

   

Segue na próxima postagem.

           

  

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