MINISTÉRIO CRISTÃO
MINISTÉRIO
CRISTÃO
INTRODUÇÃO
Estamos vivenciando
momentos em que os valores éticos, morais e espirituais, estão ameaçados pela
ideologia do mundo atual, onde os conceitos bíblicos tradicionais estão em
falência, à visão Cristã está sendo bombardeada por uma visão relativista,
humanista, secularista e naturalista, muitos obreiros reclamam a falta de uma
perspectiva básica moral, como tinham as gerações anteriores como certas.
Nossa juventude, irmãos, irmãs,
adolescentes lutam por uma definição do que é verdade e como aplicá-la a sua
própria vida e experiência diária, a igreja hodierna necessita de respostas
quanto às questões da vida e fé, e infelizmente poucos conseguem expressar
segurança e convicção acerca do assunto, a ignorância sobre o novo sistema
definido pela sociedade pós-moderna e o pouco conhecimento Bíblico e Teológico
expõe o povo de Deus e a cada crente individualmente a decidirem sobre o que é absoluto
e relativo certo ou errado e falso ou verdadeiro.
É neste contexto vivencial da igreja
contemporânea que o Ministério tem um papel relevante no plano de Deus para a
igreja, uma vez que o apóstolo Paulo disse que Deus deu aos seus servos dons ministeriais,
“querendo o aperfeiçoamento dos santos”
(Ef. 4. 12). Diante de todos esses
desafios como podemos ter lideranças fortes obreiros motivados que não se
deixem abater pelo comodismo ou mesmo pelo conformismo (Rm. 12. 1 – 2). Como podemos enfrentar as lutas, provas,
adversidades e principalmente a sedução do pecado? Isto é o que vamos tratar
neste pequeno trabalho, vamos abordar o ministério e suas implicações, O papel
do líder e como nos manter motivados no exercício da tarefa que Deus nos
outorgou. Que Deus nos abençoe e que possamos compreender a importância destes
temas tão relevantes para os nossos dias.
I.
Ministério
Vamos
iniciar procurando uma compreensão do conceito de ministério. Ministério é um
termo coletivo que aponta para vários oficiais e autoridades religiosas e civis
no contexto bíblico. Como dom espiritual, a obra do ministério cristão é
espiritual e divina. Segundo o pastor José Deneval (1988, p.21) o ministério é
o instrumento que o Senhor usa na edificação e expansão da sua igreja. Portanto,
o ministério tem como objetivo primordial a comunicação da Palavra de Deus, com
o propósito definido “o aperfeiçoamento dos santos... para edificação do
corpo de Cristo” Ef. 4. 12.
O
ministério neotestamentário é um dom e uma vocação de Deus (Ef. 4. 11), ou seja, o Senhor chama aqueles a quem escolheu para
exercerem as mais diversas tarefas existentes na igreja. O ministério não é
profissão e sim uma concessão divina. Existem algumas características que nos
orienta quanto à chamada de Deus na vida dos seus servos (a) que nos ajudam a
reconhecer esta vocação e chamada.
1. Vocação:
A vocação divina constitui condição indispensável no exercício do ministério
neotestamentário. Não havendo uma chamada especifica, aquele que se propõe a
exercer o ministério é um impostor.
2. Capacitação: Por
mais capaz quanto à cultura e ao conhecimento teológico, por mais eloquente que
seja o obreiro, o fruto de seu ministério só será abundante e permanente se o
Senhor capacitá-lo pelo seu Espírito. É uma capacitação espiritual, poderosa e
indispensável.
3. Comissão: Todo
servo de Deus recebeu a comissão de pregar o evangelho a toda criatura (Mc. 16. 15; Mat. 28.19). Porém, o obreiro
(a), além do ministério específico que recebe do Senhor, também é comissionado
para algum trabalho determinado pelo mesmo Senhor.
4. Autoridade: Aqueles
que são chamados para o ministério também são revestidos de autoridade para o
desempenho de sua missão. O Senhor não apenas delega responsabilidades aos seus
servos, concede igualmente autoridade para a sua execução.
É importante que venhamos a ter
compreensão que o ministério consiste nas diversas formas de tarefas a serem
desempenhadas no âmbito da igreja cristã.
II. Qualificações essenciais para aqueles
que exercem o ministério.
Para
que se tenha um bom resultado no ministério é fundamental que o obreiro (a),
tenha um caráter santificado. O obreiro normalmente sempre está em posição de
liderança, sempre está lidando com pessoas. Logo, é exigido que a vida do
obreiro seja autêntica, ou seja, transparente aos olhos de toda a igreja. O
exemplo do obreiro (a) fala e é de fundamental importância para que a igreja
tenha saúde espiritual. Vejamos algumas dessas qualificações:
1. Irrepreensível (I Tm. 3. 2)
Um
obreiro (a) cuja maneira de viver, reputação e atitudes, não pode sofrer
qualquer reprovação. Paulo escolheu Timóteo para seu companheiro de viagem,
porque “dele davam bom testemunho os
irmão em Listra e Icônio”. (At. 16.1-2).
Não havia necessidade de que ele mesmo dissesse quem era, e nem um
amontoado de certidões negativas, mas os irmãos testemunharam de sua conduta.
2. Temperante (I Tm. 3.2)
É
aquele que é temperante ou vigilante como uma pessoa que é moderada, sóbria,
equilibrada naquilo que faz, fala e pensa. O cristão amadurecido é temperante,
algumas bíblias traduz como quem tem domínio próprio. O obreiro temperante
apresenta um correto conhecimento da transitoriedade da vida e seus prazeres. O
obreiro (a) temperante é visto como uma pessoa de fé. Assim foram Abel, Noé,
Abraão, os profetas e apóstolos. Colocaram pela fé suas vidas no altar de Deus,
e tiveram como de pouco valor o usufruírem os prazeres do mundo (Hb. 11. 13).
3. Ordeiro
Palavra
também traduzida por honesto (ARC) e Modesto (ARA – I Tm. 3. 2). O obreiro deve cumprir seus deveres e ordenar sua vida
interior, da qual surge o comportamento exterior. O servo de Deus deve tratar
de seus conflitos interiores, suas frustrações e ressentimentos, eliminando-os.
Caso contrário, sua aparência exterior não passará de uma máscara. Ordenando
sua vida interior, o homem de Deus passa a ter um comportamento exemplar nos
negócios (1 Ts. 4. 10 – 12); na sociedade (1 Co. 10. 31 – 33); na igreja (Fp.
1. 27).
4. Não arrogante (Tt. 1. 7)
O
arrogante é obstinado em sua própria opinião, teimoso. Recusa-se a obedecer a
outras pessoas. Mesmo havendo evidências de que está errado, mantém obstinada
sua própria opinião e não aceita ponderações e conselhos de outras pessoas. O soberbo
procura sempre seus próprios interesses e direitos e não levam em consideração
os direitos, sentimentos e interesse de outras pessoas. O obreiro (a) não pode
ser arrogante, ele tem de saber ouvir, de reconhecer, quando estiver errado, de
saber obedecer para saber liderar.
5. Não irascível (Tt. 1. 7)
O
servo de Deus não é propenso à ira, porque aquele que se ira com facilidade
demonstra desequilíbrio, insegurança. As recomendações da Palavra de Deus
contra o iracundo são inúmeras (Pv. 22.
24,25; 19.19; 20.2; Ecl. 7.9). Ao servo do Senhor, portanto não fica bem a
ira, uma vez que lhe tira a condição de liderar, aconselhar, e mais se a ira se
transformar em ressentimento de vingança (Rm.
12. 17 – 21).
6. Não violento (Tt. 1. 7)
Normalmente,
a ira gera a violência. A violência, portanto, é na realidade, a ira fora do
controle, não somente no aspecto verbal, mas também fisicamente. É interessante
notar que tanto em 1 Timóteo 3.3, como em Tito 1. 7, a recomendação é não ser violento,
depois vem brigas e contendas.
7. Cordato (1 Tm. 3. 3)
Uma
pessoa cordata é o oposto do irascível, do contendedor, e do violento. Busca
sempre a paz e a unidade do grupo de que participa. É gentil e trata todos com
igualdade. O servo do Senhor participa normalmente de um grupo de obreiros, de
líderes, de cooperadores, portanto, deve ser cordato, para conquistar o
respeito da igreja e de seus companheiros visando à coesão do grupo no qual
esta integrado.
Conclusão
Como
observamos sinteticamente, o ministério foi instituído pelo Senhor a sua igreja
com o propósito de sua edificação, percebemos que o ingresso no ministério não
depende da vontade exclusiva do homem é Deus quem vocaciona é Deus quem
capacita, é Deus quem chama, mas também se faz necessário que todo aquele que
abrace esta causa tenha as qualificações requeridas nas Escrituras. O grande
problema na vida ministerial de muitos obreiros é o profissionalismo, a
avareza, o desejo de poder. Devemos nos lembrar de que dependemos do Senhor,
não somos autossuficientes. Existem muitos outros temas importantes para serem
tratados quando pensamos em ministério, como, a preparação de obreiro e suas
prioridades, perigos no caminho, ética ministerial, o obreiro e sua família enfim
uma serie de outros fatores que compõe a vida ministerial.
Marcos Moraes de Paula
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